A vontade da loira era mandar os deuses para todos os piores lugares imagináveis, a inação e inércia que pareciam demonstrar deixava Daphne com tamanha raiva, especialmente agora que campistas tinham caído na fenda, mas se continha. "Sim, melhor deixar os comentários para mim mesma..." Murmurou com um suspiro pesado, detestava sentir-se inútil, e naquele momento? Não poder fazer nada e apenas esperar a estava matando. "Não, nem um arranhão por incrível que pareça." Afinal, os monstros pareciam ter ignorado alguns semideuses, e ela tinha sido um deles. "E você? Como está?"
𓂅 ˙ ˖ ⠀ ⠀ ❪ 𝐂𝐋𝐎𝐒𝐄𝐃 𝐒𝐓𝐀𝐑𝐓𝐄𝐑 ❫
com: @wrxthbornx
após o ataque dos monstros e o fechamento da fenda
ela disse: " you won't judge me for the things i say."
" Já falei coisas bem piores em momentos mais delicados, se me lembro bem. " ainda se lembrava da conversa que tinha tido com a garota nas estufas e de como tinha sido tolo em dizer certas coisas. " então fique a vontade para xingar os deuses se desejar, mas cuidado com aqueles mais temperamentais. " acrescentou, pois dependendo do deus, ela sairia dali com uma maldição tal como a que ele carregava. " você se feriu muito dessa vez? "
#unbothered - musing: daphne coming to camp after a mission
flashback
Claro que a reação do irmão mais velho seria impagável, e caso não estivesse perto para ver, iria pedir uma descrição detalhada do acontecimento. Mas, também sentia que merecia um pouquinho mais pelo seu esforço, nem que esse pedido de recompensa fosse realmente apenas uma pequena provocação, especialmente depois de reparar no sorriso que Raynar exibia. "Por mais incrível que isso me soe... Minha comida preferida é sushi, mas também gosto de bolonhesa, pode deixar à porta de meu chalé se quiser." Lhe piscou o olho com um pequeno sorriso. Não lhe estava pedindo um encontro nem nada disso, apenas uma gratificação, e não tinha nada melhor que comida. No entanto, se parecia confiante ao pedir aquilo, essa mesma confiança parecia ir diminuindo depois de dar a permissão para ele a beijar. O tempo que o mais velho parecia estar demorando a decidir-se fazia com que a loira quase que sustivesse a respiração, um friozinho nervoso se instalando em seu estômago como já não acontecia fazia anos. E, quando estava prestes a mudar de ideias e partir para outra pose para a foto, foi quando o viu pressionar para que a foto fosse batida e logo depois sentiu os lábios do semideus contra os seus. Não podia contar aquilo como um beijo propriamente, os lábios permaneciam contra os dele embora não os movesse, mas a ideia que iria passar na fotografia era que o beijo era real, isso ela tinha a certeza. Em contraste com a forma quase imóvel, seu coração acelerava com a adrenalina daquele momento tão incomum para a filha de Ares. Ao se afastar, mantinha o olhar no rosto alheio, as bochechas rosadas a denunciando. "Também acho que foi, sim." Assentiu com um pequeno sorriso, não esperando aquele pequeno toque em suas bochechas. Por um segundo parecia congelada, mas logo se levantou do colo do maior, voltando a concordar com ele. "Ahm... Sim, vamos." Saia para fora da cabine e no lado exterior saíam as duas tirinhas com as três fotos. Pegou na duas, observando o resultado final e soltando um riso nasalado, aquilo era sem dúvida algo completamente fora do seu habitual. Entregou as duas para ele. "Pode ficar com as duas, uma para você e outra para o Aidan." Apontou começando a se afastar, ainda voltada com um sorriso desafiador em seus lábios, andando de costas. "Se divirta no baile!" Disse antes de se voltar e caminhando para longe.
ENCERRADO
FLASHBACK
A risada dele foi silenciosa, retumbando dentro do peito como uma tempestade distante. Os olhos erguendo para os dela, os cantos igualmente curvados num sorriso cheio de malícia. “ 🗲 ━━ ◤ Eu vou fazer seu irmão cuspir fogo. Não é recompensa o suficiente? ◢ Além de que não estava nem um pouco confortável naquela permissão inconsciente de ir em frente. Fotos assim eram minoria nos álbuns do filho de Zeus. Verdade seja dita, qualquer registro fotográfico nessa categoria 'espontânea' era... Estranho. Confirmava uma série de pensamentos que ele não concordava em ter, de perpetuar. Fotos geram lembranças, lembranças eram sinônimos de apego, e apego não era relacionado aos filhos proibidos. O suspiro de Hornsby bagunçou aquele espaço dividido entre eles, um resignado que culminou em duas ações. A mão esticou para o botão e os dedos pressionaram quando a boca encostou na dela. Os lábios encaixaram e permaneceram, segurando pela mão na nuca que a prendia contra si. O som. Dois cliques para ter certeza, agradecendo à Eros a função de escolher a melhor. Raynar afastou-se, mas os olhos ficaram presos nos escuros dela por uns segundos a mais. “ 🗲 ━━ ◤ Bem pensado, Daphne. ◢ Roçou o indicador nas bochechas da semideusa, o sorriso entortando levemente. “ 🗲 ━━ ◤ Vamos pegar nossas cópias e encerrar, sim? ◢
"Sim, visto bem, tem razão." Embora fosse grande adepta de batalhas e lutas, não gostava quando estas aconteciam dentro do acampamento, era sinal que algo estava ameaçando aquilo que Daphne sempre se prometeu a defender e proteger. Os passos acompanhavam os de Yasemin, enquanto os braços eram cruzados sobre seu peito. "Ainda bem! Muitos foram atingidos, fiquei preocupada que estivesse lá no meu." Admitiu com um pequeno sorriso. Sempre pensava nos amigos quando algo assim acontecia, detestaria vê-los em uma cama da enfermaria. "Apenas um corte na coxa, mas já está tratado." Disse rapidamente, afinal, a amiga não precisava de saber que o havia suturado no seu chalé em vez de ir até à enfermaria. A pergunta fez a filha de Ares suspirar baixinho, ainda não tinha parado de pensar naquilo. "Sinceramente? Não sei bem, acho que estou tentando encontrar explicações para como conseguiram uma fenda na barreira, e por mais que não queira, só consigo imaginar que temos um traidor dentro do acampamento." Murmurou dando levemente de ombros, não sabia se era a melhor teoria, mas era a sua naquele momento. "E você? O que acha?"
❝ ― Somos semideuses. Desde quando temos sossego?! ❞ — Provocou a amiga com um riso desenhado nos lábios bem marcados e avermelhados pelo batom que sempre usava. Por fim, acabou descendo as escadas lentamente com a amiga do lado e enfiou ambas as mãos nos bolsos de trás da calça jeans que usava. ❝ ― Nahh. Não dessa vez. A picada do escorpião já foi o suficiente pra mim. ❞ — Negou qualquer ferimento grave. Tinha tido sim alguns arranhões, machucados, mas nada que a levasse passar mais do que horas na enfermaria apenas para uma checagem já que podia se curar facilmente na água graças a sua benção. ❝ ― E você? ❞ — Perguntou ao passar os olhos pela loira de cima a abaixo para para checar se ela estava inteira. ❝ ― O que achou desse ataque? ❞ — Ela perguntou e no mesmo instante percebeu como o questionamento acabou ficando meio vago. ❝ ― Digo. O que realmente achou sobre tudo diante de todo o histórico do que vem acontecendo? ❞
A mão livre de Daphne se elevou até ao nariz, logo ficando com os dedos manchados de vermelho. Pegando na barra da blusa que usava, a levou até ao local, de modo a que pelo menos absorvesse um pouco do sangue, mas este teimava em não estancar. "Isto já passa." Apontou. Não mostrava parte fraca, primeiro porque com a adrenalina que sentia, a dor quase não se fazia notar e depois porque sempre aprendera a não se mostrar debilitada durante um treino ou uma luta, e a loira seguia essa regra à risca. Vendo o mais velho baixando a espada, a filha de Ares revirou os olhos. "É apenas um nariz quebrado, um bocado de papel em cada narina e daqui a uns minutos já parou de sangrar." Apertava a blusa com força contra o nariz, na esperança que aquela pressão momentânea ajudasse um pouco à sua causa. Afastando agora o tecido ensanguentado, estava quase gritando vitória ao perceber que não sangrava mais, mas durou apenas alguns segundos, o líquido logo voltando a escorrer, manchando até seu queixo. "Que merda!" Murmurou largando a espada, quase a jogando para longe enquanto se virava, voltando a utilizar a barra da peça que vestia. "Ok, podemos terminar aqui, mas não preciso de ir à enfermaria."
Tendo passado boa parte da vida no acampamento, Ian já não nutria a crença de que os treinamentos deveriam ser justos, uma vez que fora dali os conflitos raramente eram. Assim que a filha de Ares o chamou para o treino, ele não demorou a aceitar sua oferta. Medindo uns bons centímetros a menos que ele, a garota se mostrava bastante rápida em suas esquivas e os chutes que acertava, geralmente em suas pernas, eram como um lembrete constante de que diferença de tamanho dificilmente significava algo ali dentro. Porém, ainda que a respeitasse como oponente, o filho de Zeus não estava respondendo aos golpes fazendo uso de toda a força, mas ainda assim o cotovelo que acertou no nariz da garota pareceu fazer um estrago considerável. "O seu nariz está se desfazendo em sangue." Sabia que o havia quebrado, afinal, havia sentido o osso se partir. "Você precisa ir pra enfermaria parar o sangramento." Declarou enquanto baixava a espada.
Ainda não tinha falado com ninguém após a noite passada, sequer sabia como estavam os outros feridos que havia ajudado a levar para a enfermaria, afinal, sua mente apenas se ocupava com uma memória, e era o corpo de Flynn inanimado no pavilhão. Ao olhar bem para Yasemin, procurava alguma sinal de um ferimento grave, especialmente depois do que lhe havia acontecido com a coroa. "Eu estou sim, estava pensando em ir treinar, mas podemos andar um pouco, até ao lago se quiser." Treinar sempre era a melhor forma que Daphne tinha de descarregar toda a sua raiva e fúria, assim como frustrações, e os acontecimentos recentes estavam pensando bastante na loira, por isso era algo que estava precisando. Olhando para trás, fechou a porta. "Como você está? Se machucou muito?" Perguntou baixinho com os braços cruzados sobre o peito, obviamente preocupada com o bem-estar da semideusa.
Depois de ter fugido da enfermaria perto do amanhecer e dormir um pouco no dia anterior, ela ainda estava estressada. Claro que sim, como não estaria depois de todo aquele caos da madrugada passada? A falta de uma boa noite de sono mesclada ao estresse de um traidor apenas a fizeram ficar cada vez mais explosiva. Depois de uma conversa com Daph a respeito dos acontecimentos anteriores, logo depois do ataque na fenda, queria muito saber a nova opinião dela sobre as novidades recentes. E além de tudo, saber se a amiga estava bem, mas claro que isso ela não demonstrava. Nunca foi de demonstrava afetos. ❝ ― Um pouco! Você tá livre? Quer dar uma volta? Preciso conversar e espairecer um pouco. ❞ — Olhou para dentro do chalé como se estranhasse não ter brigas ou ânimos elevados ali.
“i brought you some dinner.” closed starter for @thecampbellowl
Podia ter sido apanhada de surpresa com aquele ataque e a complexidade do mesmo. Quem quer que fosse que estivesse por trás do mesmo, era alguém inteligente, sem qualquer dúvida. Mas mais surpresa ainda fora a morte de Flynn. Na verdade ainda não parecia real, claro, tinha sido avisada do sucedido, mas não tinha visto um corpo, não tinha havido cerimónia, e a ficha ainda não tinha caído. Daphne não se sentia responsável, mas deveria ter estado mais atenta com os semideuses que ajudava a escapar do pavilhão, e especialmente em se certificar que ninguém ficava para trás. Estava completamente perdida em seus pensamentos, sentada na cama com as costas contra a cabeceira quando ouviu a voz da amiga. "Oi? Comida?" Não tinha ouvido ninguém bater à porta, mas talvez um dos irmãos tivesse ido abrir. Se sentando melhor, cruzou as pernas sobre a cama e suspirou baixinho. "É muito mau se eu disser que não tenho fome?" Perguntou baixinho.
Não tencionava ofender o mais velho com seu comentário, afinal, tinha elogiado o tiro certeiro dele, mas havia algo mais que lhe fazia ter quase a certeza que aquela não era a arma com que o semideus se sentia mais à vontade. "Foi bastante bom, mas me pareceu um pouco incerto quando disparou, meio tremido, e um 'verdadeiro' arqueiro é um pouco mais seguro." Argumentou, dando levemente de ombros. Não sabia se aquilo iria fazer sentido para o filho de Perséfone, mas era essa a ideia que Daphne tinha. "Não é? Ah-ah, eu sabia!" Apontou vitoriosa com um pequeno sorriso. "Mas podia ser sua secundária, se treinar o bastante para isso." Era apenas uma sugestão, afinal arco e flecha não era de todo algo fácil de se aprender e de aperfeiçoar, mas Dylan já parecia confortável com o mesmo. "E qual a sua arma principal?" Perguntou ao colocar a flecha em posição e disparar no alvo, a flecha ficando ao lado da que o semideus tinha disparado mais cedo.
O semideus encarou a loira por breves segundos, apesar do jeito amigável a fala dela estava longe de ser um elogio. Muito pelo contrário. Mesmo de longe era possível sentir a pequena alfinetada que a filha de Ares tinha lhe dado. “Quer dizer que meu tiro não foi bom o bastante para alguém que está acostumado a atirar com o arco e flecha?”, perguntou para Gracewood, curioso para ver a justificativa dela. “Ainda bem que para minha sorte essa não é minha arma principal”, Haites gostava de treinar o arco e flecha, sentia-se o maioral quando conseguia acertar o alvo, mas dizer que era um arqueiro nato era exagerado. Aquela era uma atividade que exigia treino constante e ele estava se aprimorando desde o dia que tinha chegado no acampamento, completamente influenciado pelas revistinhas do Hawkeye (como se algum dia pudesse chegar aos pés do super herói). Porém, sua zona de conforto, com a qual estava acostumado, era a luta com adagas. Dylan tinha uma adaga que havia recebido de sua mãe, um presente de Perséfone ao proclamar o filho, e a arma era uma extensão de seu próprio corpo.
Tinha que admitir que esperava outro tipo de reação do mais velho. Mesmo com tudo o que estava acontecendo, esperava alguma piada ou gracinha para aligeirar o ambiente, e se não fosse isso, que pelo menos fosse responder no mesmo tom que a loira tinha acabado de utilizar. Mas não, tinha sido tudo ao contrário. O indicador se retraiu e a destra foi baixa ao reparar nos olhos do irmão. Primeiro o brilho que se formava ali não era usual, e só depois percebeu que eram lágrimas. Aquela visão do mais velho fez o coração de Daphne saltar uma batida e quase a fazendo suster a respiração. Não se lembrava da última vez que o tinha visto chorar, se alguma vez tinha sequer. E o pior daquilo tudo é que nem sabia bem como o confortar, por mais que quisesse. "Aidan..." Murmurou baixinho, os olhos não desviando do rosto alheio ao ver as lágrimas escorrendo. As palavras dele pesavam na mais nova, tinha tentado retrair qualquer pensamento sobre Flynn, e por mais injusto que isso fosse para com o amigo, era a única forma de não se sentir angustiada o dia inteiro, mas ao ouvir Aidan, não tinha como, mas ele tinha razão nas palavras que falava. Flynn tinha realmente cuidado um pouco de cada um dos campistas, e não, ninguém se tinha conseguido despedir dele. O puxão em seus pulsos e posteriormente o abraço também fora uma surpresa para a loira, os olhos arregalando ao ter o rosto agora contra o peito do irmão. Mas não conseguia mentir e dizer que não era reconfortante, um lugar de segurança que deixava Daphne relaxar. Se deixando envolver nos braços do maior, deixou escapar um suspiro pesado, os olhos fechando por alguns segundos ao ter a cabeça dele contra a sua. "Por favor não pense sobre isso. Eu não quero imaginar como estão os irmãos dele, e você também não precisa." Perder um irmão era algo incompreensível para Daphne, nem sequer queria cogitar essa possibilidade, que infelizmente se tornava cada vez mais real. Os braços o apertaram também, antes de dar um passo atrás, as mãos pousando sobre os braços de Aidan. "Hey... Nenhum de nós vai ter que entregar mortalhas nenhumas." Tentava o assegurar, embora também não tivesse a maior confiança no que dizia. "O que aconteceu foi um erro, e quero acreditar que quando algo assim voltar a acontecer, estaremos muito melhor preparados e prontos a atacar." Realmente era o que esperava, e iria sem dúvida dar o seu contributo para isso. "Além disso, vão precisar de muito mais que isso para me matar."
Finalmente. Ao arrancar uma nova emoção da irmã soltou um suspiro satisfeito. Ela ainda estava viva, mesmo exausta, mesmo abatida, ela ainda era boa de briga. Não possuía qualquer proximidade com Flynn pelos desentendimentos que travaram no passado, mas aquela dor doía em si como se fossem íntimos. Aidan sequer sabe lidar com o luto. Sua forma sisuda se desmanchou desde que ouviu as palavras de Quíron e, em uma dor, viu todos os amigos mais próximos caírem naquele sentimento cruel. Aidan sequer sabe lidar com a própria angústia. Ver as feições de Daphne até aquele momento lhe causaram uma preocupação familiar, assim como foi com as demais pessoas de seu círculo. Ouvindo a irmã explodindo em vida, silenciosamente agradeceu. Pensou na possibilidade de estar na pele de um dos moradores do chalé vinte e dois, pulsando daquele sentimento duro. Ao menos uma reação da antiga Daphne mantinha-se ali, sua irmã mantinha a vida dentro de si. Seus olhos rapidamente foram tomados por lágrimas. Fechou os olhos que transbordavam, lentamente, com lágrimas escorrendo pelo cantos. "Não tenho palavras más para falar sobre ele. Ele era esquisitão, e isso basta. Ele cuidou de todos nós, ao menos um pouco. E é isso que não aceito. A vida dele foi desfeita tão rapidamente que sequer pôde se despedir dos irmãos." Murmurou baixo, sem corresponder a entonação da irmã. Subitamente, capturou os pulsos de Daphne e a trouxe para si, em um abraço apertado, encostando a cabeça sobre a cabeça da mais baixa. "Eu temi por você. Muito. Tive medo de sentir o que os irmãos dele estão sentindo nesse momento. " As confissões pulavam de sua boca com uma dor visível, as lágrimas não cessavam. Flynn já estava no acampamento antes de si, já era instrutor e o conduziu naquele espaço como um mentor, assim como fez com muitos outros. Recordava-se do olhar carinhoso o qual lançava para os semideuses e até mesmo para Aidan. Uma pessoa que demonstrava frequentemente seus sentimentos tornou-se grandiosa até para os desconhecidos. "Daphne, eu não estou pronto para perder você. Não estou pronto para ver cada um de nós entregando mortalhas aos irmãos, não era pra ser assim, não era pra ser dessa forma."
Ao ouvir que Sasha gostava daquele chocolate, esboçou um pequeno sorriso, que quase não era. "Que bom que gosta, se não eu ia ter que comer tudo sozinha." Não era nada característico seu mas naquele momento tentava aligeirar o ambiente e o mood em que o amigo parecia estar, e com razão para isso. Tendo-o se movendo na cama e lhe abrindo um pouco de espaço, Daphne tomou aquilo como um convite silencioso e se moveu para sentar aos pés da cama do semideus. O chocolate lhe foi estendido para que ele fizesse as honras de o abrir. "Ainda bem, fico aliviada em saber isso." Confessou com um pequeno suspiro. Ficava feliz por não ter ficado no corpo alheio alguma cicatriz, sabia como isso o iria afetar, e Sasha com certeza não precisava de ser psicológico ainda pior, já bastava o fogo da outra noite. "Mais ou menos, aqueles ursinhos deram uma boa luta... Mas depois conseguimos sair." Assentiu, não sabia o que tinha sido pior, o fogo ou os ursinhos de pelúcia que por mais que lutasse, eles não vacilavam. "Estava preocupada com você, quando o fogo começou ainda tentei te procurar pelo pavilhão... Mas não conseguia ver nada."
⭑🕯️ʿ parecia que estava mais lento ao se mexer, como se seus membros demorassem a entender o comando do cérebro mas assim que ouviu qual era o chocolate, se sentou para poder comer. “ ━━━ eu adoro esse sim." não apenas gostava, adorava. tinha um dente doce então não sendo um chocolate meio amargo, ficava muito satisfeito. afastando as cobertas da cama, liberou espaço para a semideusa. “ ━━━ estou bem. foi só... uma pequena queimadura." o braço esquerdo foi dobrado e mostrou que não havia mas nada ali. “ ━━━ o néctar e as pulseiras cuidaram de tudo, não fiquei com nenhuma cicatriz nova dessa vez." graças aos deuses, porque se tivesse uma nova cicatriz por causa do fogo, com certeza ainda estadia na enfermaria mas por causa do psicológico. “ ━━━ conseguiu sair sem complicações extras então? céus, ainda bem. eu não consegui pensar muito na hora, só depois que tudo aconteceu que eu... registrei o perigo." e tinha sido uma sensação ainda pior porque todos os seus amigos estavam dentro daquele pavilhão. e se algum deles não conseguisse sair? por sorte, todos que amava e conhecia estavam bem.
Daphne estava arrumando algumas coisas pelo chalé, por vezes a bagunça era tanto que a loira preferia nem lá entrar, e a verdade é que já estava tão má que não conseguia ignorar mais. Tinha algumas roupas nos braços quando viu o irmão chegar e se aproximou. O rosto mostrando a confusão e a cabeça inclinando ao ouvi-lo. "O que foi que tu me chamou?" Perguntou quase num sussurro com os olhos semicerrados enquanto colocava toda aquela roupa suja em um saco para depois se poder lavar. "Salvou minha vida? Você trabalhou sozinho por acaso seu desmiolado? Apenas teve a sorte de um golpe certeiro." Apontou dando de ombros, desvalorizando propositadamente o trabalho do mais velho apenas para o provocar. "Mas talvez seja isso que esteja encantando sua deusinha do vinho de novo, já estão juntos de novo?" Questionou com um pequeno sorriso de canto e as sobrancelhas erguidas. Não que isso interessasse a Daphne, não poderia estar menos preocupada com isso, mas não podia dizer que não queria ver a reação de Aidan. "Ah qual é, depois com essa poção não ia poder ouvir suas musiquinhas..."
closed starter - @wrxthbornx
local: chalé de ares
"Solta meu anjo, Kill Bill de araque." Aidan esbravejou quando viu Daphne se aproximando dele, os braços abertos como a estátua do redentor em uma dramatização excessiva. "Eu salvei sua vida, matei um Drakon e você me retribui sendo uma pentelha? Não tem ingratidão pior do que essa!" A fala dramática foi potencializada enquanto levava sua mão aos olhos, simulando um choro sem lágrimas. "Se vier me perguntar mais uma vez sobre esse assunto eu juro que vou atrás de uma poção de surdez, não aguento mais você voltando nesse assunto."
𝐃𝐚𝐩𝐡𝐧𝐞 𝐆𝐫𝐚𝐜𝐞𝐰𝐨𝐨𝐝Daughter of 𝕬𝖗𝖊𝖘; cabin counsellor born from 𝒘𝒓𝒂𝒕𝒉 𝒂𝒏𝒅 𝒓𝒂𝒈𝒆
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