"Bem, era mais fácil ser qualquer um de nós, para ser sincera." As palavras eram honestas, uma vez que Maxime era talvez o melhor dentre deles ali e era o motivo de ter sido eleito o conselheiro. Mesmo que tivesse almejado o cargo, sabia que poderia tomar decisões bem duvidosas, principalmente sendo alguém movida excessivamente pela emoção. Não pensava antes de realizar muitas das ações do dia-a-dia, um dos motivos também de realizar frequentemente oferendas para Atena. Talvez em algum momento a deusa colocasse um pouco de juízo em sua cabeça e ela começasse a ter uma linha moral mais clara. Pensava racionalmente em situações importantes, é claro, mas nas ações do dia-a-dia ainda era movida por uma régua duvidosa. "Eu lembro." A voz continha um tom penoso e incrédulo. Era incapaz de acreditar que o irmão tinha feito algo assim. Era impossível. Sentou-se na cadeira com os olhos no chão, presa nos próprios sentimentos. Estava atordoada demais, sem saber o que pensar. Era uma enxurrada de possibilidades que invadiam e a filha de Afrodite não sabia no que acreditar mais. "Deveríamos falar com ele." Ainda sim, não conseguia pensar em um motivo plausível sequer. O irmão não machucaria ela de maneira proposital, como tinha acontecido no baile de Afrodite. Os ataques das pelúcias ainda eram um borrão, mas lembrava-se da dor que sentiu. Maxime não tentaria matá-la propositalmente, teria? "Deve ter alguma explicação... Ele não faria isso sem motivo. Eu sei que não. Ele é nosso irmão, deve ter sido um erro."
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Entrar no chalé depois do que tinha acontecido, agora sob olhares bastante acusatórios, não era mais tão gostoso como antes. O filho de Afrodite ficou algum tempo parado no meio do caminho, olhando os cômodos até encontrar a porta do quarto de seu irmão, porque continuaria sendo dele. Christopher havia aceito o cargo porque não tinha outra escolha, mas era impossível não olhar para aquele lado e não sentir a sensação estranha de estar tomando um lugar que não era dele.
Quando ouviu a porta de entrada, virou-se rapidamente, conseguindo ver a figura de Anastasia, suspirando enquanto se sentava em uma cadeira não muito longe dali. "Que loucura, não acha? Era mais fácil ser eu..." Riu, incrédulo, antes de apoiar a cabeça na palma da mão, o olho agora focado em um ponto qualquer do chão. "Lembra quando o Maxie me pediu aos berros pra me livrar de uma aranha que tava no quarto dele? É desse cara que estamos falando, Nasty, de alguém que é incapaz de matar um inseto"